O presidente Luiz Inácio Lula da Silva embarca, na próxima quinta-feira (7), para Nova Déli, capital da Índia, onde participará da Cúpula do G20, grupo que reúne as 19 nações de maior economia do mundo e a União Europeia, conforme noticiou o ND1 em sua editoria Internacional. A comitiva brasileira embarcará logo após o desfile do Dia da Independência, na Esplanada dos Ministérios. A reunião de líderes ocorre nos dias 9 e 10, informa reportagem da Agência Brasil.
A cúpula é ponto alto das atividades do grupo e marcará também a reta final da presidência rotativa do bloco, atualmente com a Índia, e que será assumida pelo governo brasileiro a partir do dia 1º de dezembro. Uma série de reuniões e trabalhos prévios e de grupos de trabalho está ocorrendo, inclusive em escala ministerial entre os países.
A programação oficial prevê pelo menos três sessões temáticas, que abordarão tópicos como desenvolvimento verde sustentável; meio ambiente e clima; transições energéticas; e global net zero, que é a ideia de emissão zero líquida de carbono. Outros assuntos como crescimento inclusivo; cumprimento de metas dos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS); saúde, educação, infraestrutura, transformações tecnológicas, reformas multilaterais e futuro do trabalho e emprego também estarão em pauta. O evento também terá reuniões bilaterais entre diferentes líderes.
Presidência
Como em toda cúpula do G20, haverá uma cerimônia simbólica de transferência da presidência rotativa do grupo, que envolve mais diretamente o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente Lula. Há previsão de pronunciamentos do presidente brasileiro nas duas primeiras sessões e no encerramento do encontro, quando Lula apresentará as prioridades e os desafios da futura presidência brasileira a partir de 1º de dezembro de 2023.
Ao participar de um evento no Rio Grande do Norte, nesta sexta-feira (1º), Lula afirmou que o combate às diversas desigualdades sociais deve nortear sua participação na cúpula.
"Eu vou lá para discutir com eles uma coisa que me incomoda, eu quero discutir a desigualdade. A desigualdade de gênero, a desigualdade racial, a desigualdade no tratamento da saúde, no salário, a desigualdade de uma pessoa que come 20 vezes por dia e a outra que fica 20 dias sem comer", afirmou.
A presidência rotativa do Brasil no G20 vai até o fim de 2024, quando uma nova cúpula será realizada no Brasil, na cidade do Rio de Janeiro. O encontro está previsto para ocorrer nos dias 18 e 19 de novembro do ano que vem.
G20: O que é, como funciona e quais são os desafios
O G20 é um grupo de 20 das maiores economias do mundo, formado por países desenvolvidos e emergentes. O grupo foi criado em 1999, com o objetivo de promover a cooperação econômica e financeira global.
Os membros do G20 são:
- Alemanha
- Argentina
- Austrália
- Brasil
- Canadá
- China
- Coreia do Sul
- Estados Unidos
- França
- Índia
- Indonésia
- Itália
- Japão
- México
- Rússia
- Arábia Saudita
- África do Sul
- Turquia
- Reino Unido
- União Europeia
G20: O que é, como funciona e quais são os desafios
O G20 se reúne anualmente para discutir questões econômicas e financeiras globais, como crescimento econômico, comércio internacional, estabilidade financeira e combate à pobreza. As reuniões são sempre realizadas em um país diferente, sendo escolhidas com base na rotatividade geográfica.
O G20 é um grupo importante para a economia global, pois representa cerca de 90% do PIB mundial. As decisões tomadas pelo grupo têm um impacto significativo na economia de todos os países do mundo.
Desafios do G20
Apesar de sua importância, o G20 enfrenta alguns desafios. Um dos principais desafios é a falta de consenso entre os membros. Os países membros têm interesses diferentes e nem sempre é possível chegar a um acordo sobre as melhores políticas a serem adotadas.
Outro desafio é a crescente influência de países emergentes no G20. Os países emergentes, como China e Índia, estão se tornando cada vez mais importantes na economia global. Isso está levando a uma mudança no equilíbrio de poder no G20, o que pode dificultar a tomada de decisões.
Perspectivas futuras
O G20 continuará a ser um importante grupo para a economia global no futuro. No entanto, o grupo precisa enfrentar os desafios mencionados anteriormente para manter sua relevância.
Uma das maneiras de superar o desafio da falta de consenso é aumentar a cooperação entre os membros. Os países membros precisam encontrar formas de trabalhar juntos para encontrar soluções para os problemas globais.
Outra maneira de superar o desafio da crescente influência dos países emergentes é mudar a forma como o G20 é governado. O grupo precisa ser mais representativo das diferentes economias do mundo.
Se o G20 conseguir superar esses desafios, ele continuará a ser um importante fórum para a cooperação econômica e financeira global.